Transposição dos grandes vasos

Transposição dos Grandes Vasos

O que é a Transposição dos Grandes Vasos?

A transposição dos grandes vasos é uma doença cardíaca congênita rara, caracterizada por uma inversão na origem das duas principais artérias que saem do coração: a aorta e a artéria pulmonar. Nesta condição, a aorta nasce do ventrículo direito e a artéria pulmonar do ventrículo esquerdo, o que resulta em uma circulação ineficiente de oxigênio pelo corpo. É uma situação crítica que exige intervenção médica urgente logo após o nascimento.

Sintomas

Os sintomas da transposição dos grandes vasos aparecem geralmente logo após o nascimento e podem incluir:

• Cianose (pele azulada), devido à falta de oxigenação adequada no sangue.
• Dificuldades respiratórias.
• Baixo nível de oxigênio no sangue.
• Batimentos cardíacos acelerados ou irregulares.
• Fadiga extrema.
• Dificuldade em se alimentar e ganho de peso inadequado nos recém-nascidos.

A gravidade e a variedade dos sintomas podem diferir dependendo de outras condições cardíacas presentes.

Tratamentos

O tratamento da transposição dos grandes vasos geralmente envolve cirurgia, que deve ser realizada o mais cedo possível:

1. Procedimento de Rashkind: Também conhecido como septostomia atrial com balão, é um procedimento paliativo que cria uma abertura no septo atrial, permitindo a mistura de sangue oxigenado e desoxigenado como medida temporária.

2. Troca Arterial (Cirurgia de Switch Arterial): É a cirurgia mais comum e preferida, realizada geralmente nas primeiras semanas de vida, onde as artérias são colocadas em suas posições corretas.

3. Medicação: Em alguns casos, a prostaglandina E1 pode ser administrada para manter o ducto arterial aberto, melhorando temporariamente a mistura de sangue até que a cirurgia possa ser realizada.

Prevenção

Como a transposição dos grandes vasos é uma condição congênita, não há métodos conhecidos para preveni-la completamente. No entanto, cuidados pré-natais consistentes são essenciais:

• Acompanhar regularmente a saúde durante a gravidez com um obstetra.
• Realização de ecocardiogramas fetais em casos de histórico familiar de doenças cardíacas congênitas.
• Evitar o consumo de álcool e outras substâncias nocivas durante a gravidez.

Referências

• Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP)
• Associação Brasileira de Cirurgia Pediátrica (ABCP)
• Ministério da Saúde - Portal da Saúde
• Artigos revisados por pares sobre cardiologia pediátrica

Realizar consultas regulares com especialistas em cardiologia pediátrica e manter-se atualizado com informações sobre doenças cardíacas congênitas pode oferecer suporte e direcionamento valiosos para famílias afetadas por essa condição.