Carcinoma de células das ilhotas pancreáticas

Carcinoma de Células das Ilhotas Pancreáticas

O que é?

O carcinoma de células das ilhotas pancreáticas, também conhecido como tumor neuroendócrino pancreático, é um tipo raro de câncer que se origina nas células das ilhotas do pâncreas. Essas células são responsáveis pela produção de hormônios importantes, como insulina e glucagon, que regulam níveis de açúcar no sangue. Ao contrário do adenocarcinoma pancreático mais comum, que afeta as partes exócrinas do pâncreas, o carcinoma de células das ilhotas surge nas partes endócrinas, demandando, portanto, abordagens específicas de diagnóstico e tratamento.

Sintomas

Os sintomas do carcinoma de células das ilhotas pancreáticas podem variar significativamente, dependendo dos tipos específicos de hormônios produzidos pelas células tumorais. Alguns dos possíveis sintomas incluem:

• Hipoglicemia ou hiperglicemia, devido à produção excessiva ou deficiente de insulina.
• Alterações súbitas no apetite e no peso.
• Dor abdominal ou desconforto.
• Diarreia persistente.
• Flutuações hormonais resultando em rubor facial ou palpitações.

A sintomatologia pode ser vaga e inespecífica, o que frequentemente atrasa o diagnóstico precoce da doença.

Tratamento

O tratamento do carcinoma de células das ilhotas pancreáticas é multidisciplinar e pode incluir:

• Cirurgia: Muitas vezes é a primeira linha de tratamento e objetiva remover o tumor.
• Terapia Alvo: Fármacos que focam em moléculas específicas no interior das células cancerosas, retardando ou interrompendo seu crescimento.
• Quimioterapia: Utilizada em casos mais avançados para diminuir o tamanho do tumor ou retardar sua progressão.
• Terapias com Octreotida: Utilizadas para controlar a produção hormonal excessiva, aliviando assim os sintomas.

O plano de tratamento é frequentemente personalizado com base no estágio do câncer, na presença de metástases e na condição geral do paciente.

Prevenção

Não existem estratégias de prevenção específicas para o carcinoma de células das ilhotas pancreáticas devido à sua raridade e etiologia pouco compreendida. No entanto, algumas medidas podem reduzir o risco geral de câncer no pâncreas e doenças relacionadas:

• Manter uma dieta equilibrada e rica em frutas, vegetais e fibras.
• Praticar exercícios físicos regularmente.
• Abster-se de fumar e evitar o consumo excessivo de álcool.
• Controlar condições de saúde subjacentes, como diabetes e obesidade.

Consultar-se regularmente com um profissional de saúde e realizar exames de rotina pode ajudar na detecção precoce de anomalias pancreáticas.

Referências

• Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM)
• Instituto Nacional de Câncer (INCA)
• National Cancer Institute (NCI)
• Artigos revisados por pares e publicações médicas sobre tumor neuroendócrino pancreático