O que é?

Trata-se de uma psicose de início repentino e curta duração, em torno de 30 dias. Impossibilita o doente de exercer sua atividades sociais e profissionais por um mínimo de 30 dias. Geralmente, o indivíduo se nega a aceitar a doença. Assim, embora reconheça que vivencia algum problema, é virtualmente impossível que aceite que o que está errado é o seu julgamento. Há com freqüência algum evento extremamente estressante que serviu de gatilho para o início dos sintomas. São situações como perder o emprego, alguma pessoa querida, mudança de ambiente ou de cidade, acidentes com ou sem sequelas, assaltos, por exemplo. Até mesmo eventos positivos como nascimento de um filho ou casamento podem deflagrar um episódio deste tipo.

O intervalo entre o evento causador e o surto pode ser de até 2 semanas, e a completa recuperação leva entre 2 e 3 meses. Os primeiros 30 dias costumam ser os mais difíceis.

Há a necessidade da máxima atenção e cuidados especializados nestes casos, pois a evolução pode ser pior se não tratado. Inclusive, alguns casos, mesmo com tratamento adequado, após 6 meses em surto podem evoluir para esquizofrenia.

Tem tratamento?

O tratamento é feito com utilização de medicamentos que atuam no pensamento. São os chamados antipsicóticos. Nos primeiros 30 dias a psicoterapia é ineficaz, uma vez que a convicção do delírio é irrefutável (inquestionável) para o paciente.

Epidemiologia

Não existem dados confiáveis sobre a doença.

Acredita-se que seja mais comum em jovens, do sexo masculino. Em pessoas com transtornos de personalidade pré-existentes e naquelas pessoas que sofreram uma brusca mudança de ambiente sócio-cultural, como nos imigrantes, por exemplo.