“QUERO PORQUE POSSO!”
Com o intuito de reforçar a importância do tratamento adequado e de como é importante manter-se abstinente, foi escolhido o dia
9 de dezembro para se comemorar a recuperação da qualidade de vida dos alcoolistas que conseguiram iniciar e se manter em abstinência.
Hoje todos já sabem que o
ALCOOLISMO não tem cura. Assim como o
DIABETES e a
HIPERTENSÃO ARTERIAL, o
ALCOOLISMO é compreendido como uma doença crônica.
Por se tratar de uma
dependência química, necessita de
tratamento multidisciplinar: médico
psiquiatra,
psicólogo,
assistente social, outros especialistas para tratar os problemas clínicos decorrentes do uso crônico do álcool (
gastroenterologista,
nutricionista,
endocrinologista, entre outros que podem ser necessários) segundo o estado clínico de cada um.
Há um componente especial nesse tratamento ou recuperação que é a MÚTUA AJUDA.
Mais do que em qualquer outro problema crônico de saúde, o ALCOOLISMO dispõe de um histórico de
cooperação mútua entre os que sofrem com este problema.
A criação dos Alcoólicos anônimos por uma iniciativa de Bill Wilson mudou a forma como se encara o tratamento do alcoolismo e está poeticamente bem retratado no filme “ÀS VEZES O AMOR NÂO È O BASTANTE” de 2010. Neste filme, vê-se também o sofrimento dos familiares e a criação dos grupos de familiares de alcoolistas.
Então, esta data é lembrada e comemorada, principalmente por quem venceu o vício, seus parentes e amigos próximos que de alguma forma participaram ou ajudaram na recuperação.
Mas, todos nós devemos também comemorar e refletir sobre este dia e a sua importância. Em especial, para que antes de precisar tratar, possamos lidar melhor com o álcool e prevenir os abusos mesmo dos que não são dependentes desta substância.
O alcoolismo como doençaNo Brasil, o alcoolismo é um problema de
Saúde Pública, tendo como conseqüências não só o prejuízo à saúde do alcoolista, como também com repercussões sociais.
O álcool é responsável pela maioria dos acidentes de trânsito no país e no mundo, em cerca de 65% a 70% das ocorrências de violência contra a mulher houve consumo prévio de álcool, e um número expressivo de acidentes de trabalho também tem relação com o consumo de bebidas alcoólicas.
Assim, o alcoolista não deve ser tratado com preconceitos ou julgamento, mas deve ser visto como alguém que possui uma doença, cujo bom manejo pela abstinência do consumo da bebida, embora exija cuidados pelo resto da vida pode ser entendido como sucesso no tratamento, assim como ocorre com a Hipertensão e o Diabetes.
O começo cada vez mais cedo no vício
Segundo o Centro Brasileiro de Informações sobre Drogas Psicotrópicas, 34% dos adolescentes entre 12 e 18 anos já experimentaram pelo menos uma vez algum tipo de bebida alcoólica.
Estamos no final do ano. Nesta época de festas e no carnaval as famílias se reúnem à mesa para comemorar. Há confraternizações no trabalho, na escola, entre os amigos.
Nestes momentos especiais, está a maior incidência de início de uso de bebida alcoólica por adolescentes, mas também de crianças, em especial meninos, entre os 8 e 14 anos.
Vamos comemorar sim. Mas, sem esquecer que nossos filhos aprendem com o que fazemos.
Então, vamos procurar ter mais responsabilidade ao apresentar as bebidas alcoólicas à eles. Apenas um em cada 10 pessoas são alcoolistas, isso não pode ser evitado ainda, não há cura.
Mas, todos os demais podem ter problemas e causar problemas sérios a outras pessoas se não tiverem responsabilidade ao beber.
SE BEBER, NÃO DIRIJA.DÊ BONS EXEMPLOS AOS SEUS FILHOS E BOAS FESTAS NESTE FIM DE ANO!Fonte:
Editoria HelpSaúde.
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